Imbalança - Gilberto Gil

Óia a paia do coqueiro

Quando o vento dá

Óia o tombo da jangada

Nas ondas do mar

Óia o tombo da jangada

Nas ondas do mar

Óia a paia do coqueiro

Quando o vento dá

Imbalança, imbalança, imbalançá

Imbalança, imbalança, imbalançá

Imbalança, imbalança, imbalançá

Imbalança, imbalança, imbalançá

Pra você agüentar meu rojão

É preciso saber requebrar

Ter molejo nos pés e nas mãos

Ter no corpo o balanço do mar

Ser que nem carrapeta no chão

E virar foia seca no ar

Para quando escutar meu baião

Imbalança, imbalança, imbalançá

Você tem que viver no sertão

Pra na rede aprender a embalar

Aprender a bater no pilão

Na peneira aprender peneirar

Ver relampo no mei' dos trovão

Fazer cobra de fogo no ar

Para quando escutar meu baião

Imbalança, imbalança, imbalançá

Oia the paia do coconut tree

When the wind gives

Oia the tombo of the jangada

On the waves of the sea

Oia the tombo of the jangada

On the waves of the sea

Oia the paia do coconut tree

When the wind gives

balance, balance, balance

balance, balance, balance

balance, balance, balance

balance, balance, balance

For you to put up with my fireworks

You need to know how to break

Having squishy feet and hands

Having the balance of the sea in the body

Being like a tick on the floor

And turn into dry foil in the air

For when you hear my baião

balance, balance, balance

You have to live in the sertão

To learn how to pack on the network

Learning to beat the pestle

In the sieve learn to sieve

See lightning no mei' of thunder

Make fire snake in the air

For when you hear my baião

balance, balance, balance