Planeta Água - Mariene de Castro

Água que nasce na fonte serena do mundo

E que abre um profundo grotão

Água que faz inocente riacho

E deságua na corrente do ribeirão

Águas escuras dos rios

Que levam a fertilidade ao sertão

Águas que banham aldeias

E matam a sede da população

Águas que caem das pedras

No véu das cascatas, ronco de trovão

E depois dormem tranquilas

No leito dos lagos

No leito dos lagos

Água dos igarapés

Onde Iara, a mãe d'água

É misteriosa canção

Água que o sol evapora

Pro céu vai embora

Virar nuvens de algodão

Gotas de água da chuva

Alegre arco-íris sobre a plantação

Gotas de água da chuva

Tão tristes, são lágrimas na inundação

Águas que movem moinhos

São as mesmas águas que encharcam o chão

E sempre voltam humildes

Pro fundo da terra

Pro fundo da terra

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Água que nasce na fonte serena do mundo

E que abre um profundo grotão

Água que faz inocente riacho

E deságua na corrente do ribeirão

Águas escuras dos rios

Que levam a fertilidade ao sertão

Águas que banham aldeias

E matam a sede da população

Águas que movem moinhos

São as mesmas águas que encharcam o chão

E sempre voltam humildes

Pro fundo da terra

Pro fundo da terra

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Terra!

Planeta Água

Water that is born in the serene source of the world

And that opens a deep grotto

Water that makes an innocent stream

And flows into the stream of the ribeirão

dark waters of rivers

Which lead to fertility in the sertão

Waters that bathe villages

And they kill the population's thirst

Waters falling from stones

In the veil of the waterfalls, roar of thunder

And then they sleep peacefully

On the bed of the lakes

On the bed of the lakes

water from the streams

Where Iara, the mother of water

It's mysterious song

Water that the sun evaporates

To heaven goes away

Turning clouds of cotton

Rainwater drops

Joyful rainbow over the plantation

Rainwater drops

So sad, they are tears in the flood

Waters that move mills

It's the same waters that soak the ground

And they always come back humble

To the bottom of the earth

To the bottom of the earth

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet

Water that is born in the serene source of the world

And that opens a deep grotto

Water that makes an innocent stream

And flows into the stream of the ribeirão

dark waters of rivers

Which lead to fertility in the sertão

Waters that bathe villages

And they kill the population's thirst

Waters that move mills

It's the same waters that soak the ground

And they always come back humble

To the bottom of the earth

To the bottom of the earth

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet

Earth!

Water planet