O Rap Não É Moda - Consciência Humana, JC, Bocão DRR

Leste, CH, o mundo dá volta

E o rap incomoda, o rap não é moda

Crânios, crânios, HC na escuta

Crânios, crânios HC na escuta

CH, CH, crânios HC na escuta

Se o rap incomoda não moda, é bomba química

Defesa própria vestida conforme a fome

O ódio, desespero de quem não dorme

Não dorme, não tem aonde dormir

E mesmo assim se mantém firme e forte

Lutando contra a fome, os pilantras os polícias, o que vir

Pode vim aqui me omitir

Extrema coragem com a comunidade

Age e não deixa padecer

Com solidariedade e proceder

União pra conscientização dos malandrão

Que diz que pá, que pá, impera, dominam a favela

Famílias na miséria, conspiração na mesa

Falta o pão, mas o cachimbo não

Não falta droga tanto quanto falta criança dentro da escola

Quem se importa?

Ninguém se importa

Enquanto ele não está armado batendo de porta em porta

Colocando em risco sua família e você

Que dele nunca quis se aproximar

Agora ajoelhado pedindo pra ele não te matar

O rap incomoda, o mundo dá volta

O rap não é moda, aqui tem proposta

Crânios, crânios, HC na escuta

Crânios, crânios, W

É nóis monstro

O rap não é moda e vai persistir assim

O sentimento real que pode mover a montanha

Mente vazia oficina do Diabo

O asfalto arrancado á unha

O sistema que se cuide, pois os pensamentos são outros

Não igual o do zé povinho que aceitava tudo, criaram monstros

Chicote estrala, o bicho pega

Gente pra fora do barraco, pancadaria em alto volume na favela

O clipe censurado mostra o quanto somos perigosos

O rap na tela abala deputado rancoroso

A mídia não admite inteligência que vem lá do morro

Estou do lado dos barracos, minha única Pátria

Vai se foder o poder e você

Que quer fazer-nos gravar pra agradar playboy de tv

Aqui você não vai arrumar nada

Não é moda escrita pelo guerrilheiro da madrugada

Atenção HC na escuta

Crânios HC na escuta

E aí Bocão, JC

Violência Urbana no ar

HC Revolucionário

O mundo dá volta, o rap incomoda, chega aí pra ver

Papo reto, proposta e muito proceder

Só realismo sem modinha pra agradar

DRR firme e forte no ar pra somar

Os mesmos ideais de luta prosseguem

Contra o nazismo do sistema batendo de frente

Vamos na cena outra vez pra incomodar irmão

Violência Urbana JC jogando o jogo e Bocão

Baralho jogado, carta virada aqui é Homens Crânios

Com Fim do Silêncio e CH Agonia do Morro

Malucos chegados na rima, revolucionários

O rap incomoda seu império com protesto

Solta o contexto na favela, sistema massacra

Barriga vazia sem comida, nossas crianças magras

Sem saúde, atendimento pra ralé precária

Sem escola, analfabetas com nariz na cola

Não vi melhoras muito menos da prefeita Marta

Bandeira, partido, não acredito, pra boy até presta

Muda-se a regra, o trabalho do rap na testa

Verdade é dada ao fim das cenas violentas

Que nunca muda, bando de filhos da puta

Sistema regressivo igual uma corda profunda

Sangrento, violento, guerra urbana, apitos

Pior que Iraque é viver no país em conflitos

Imperfeito, polêmico com preconceito

É desse jeito, é bem pior que nos campos

Matam o prefeito, pra revolução é claro

Pra quem tampa sua vista e está com boy é aro

Aparecer oportunista na tv

Querendo argumentar dizendo se preocupar com você

Argumentar cenas tristes que dão ibope

É só pra mostrar pra tv pro globocop

Registra morte, bote, assalto é o pop

Que dá a palhaçada hipócrita que humilha nós, pobres

Fracasso do governo cadê, respeito e seu par morrendo

Polícia mata sem dó na lei dos justiceiros

Daria um filme perfeito, registre seus direitos

Dava até prêmio de longa metragem, suicídio lento

É por isso que a proposta o sistema incomoda

Incomoda e o rap aqui quer o ideal sem boi pra moda

East, CH, the world goes around

And rap bothers, rap is not fashionable

Skulls, skulls, CH on listening

Skulls, skulls HC in listening

CH, CH, skulls HC in listening

If rap bothers not fashion, it's a chemical bomb

Self-defense dressed according to hunger

The hate, despair of those who don't sleep

No sleep, nowhere to sleep

And yet it remains firm and strong

Fighting hunger, the crooks or the police, whatever comes

You can come here to omit me

Extreme courage with the community

Act and don't suffer

With solidarity and proceed

Union for Raising Awareness

Who says that man, man, reigns, dominate the favela

Families in misery, conspiracy on the table

The bread is missing, but the pipe is not

There is no lack of drugs as much as there is a lack of children in the school

Who cares?

Nobody cares

While he is not armed knocking from door to door

Putting your family and you at risk

That he never wanted to approach him

Now kneeling asking him not to kill you

The rap bothers, the world turns around

Rap is not fashion, here is a proposal

Skulls, skulls, CH on listening

Skulls, Skulls, W

It's us monster

The rap is not a fashion and it will persist like this

The real feeling that can move the mountain

Empty Mind Devil's Workshop

Asphalt ripped off by fingernail

The system that takes care, because thoughts are other

Not like the little guy who accepted everything, they created monsters

Star whip, the animal catches

People out of the shack, high-volume beating in the favela

The censored clip shows how how dangerous we are

The rap on screen shakes spiteful deputy

The media does not admit intelligence that comes from the hill

I'm on the side of the shacks, my only homeland

Fuck the power and you

Who wants to make us record to please playboy on tv

Here you will not get anything

It's not fashion written by the dawn guerrilla

Attention HC in listening

Skulls HC in listening

And then Bocão, JC

Urban Violence in the Air

HC Revolutionary

The world goes around, the rap bothers you, get there to see

Straight talk, proposal and a lot of proceeding

Just realism without a fad to please

Firm and strong DRR in the air to add

The same ideals of struggle continue

Against the nazism of the system, beating head-on

Let's go to the scene again to annoy brother

Urban Violence JC playing the game and Bocão

Deck played, face up here is Skull Men

With the End of Silence and CH Agonia do Morro

Crazy born in the rhyme, revolutionaries

Rap disturbs its empire with protest

Drops the context in the favela, massacre system

Empty belly no food, our skinny kids

No health, precarious care for the rabble

No school, illiterate with noses in the glue

I didn't see improvements, much less from Mayor Marta

Flag, party, I don't believe it, for a boy it's good

The rule is changed, the work of rap on the forehead

Truth is given at the end of violent scenes

That never changes, bunch of motherfuckers

Regressive system like a deep rope

Bloody, violent, urban warfare, whistles

Worse than Iraq is living in the country in conflicts

Imperfect, polemical with prejudice

It's like that, it's much worse than in the fields

They kill the mayor, for the revolution of course

For those who cover their eyes and are with a boy, it's a rim

Appearing opportunistically on TV

Wanting to argue saying I care about you

Argument sad scenes that give ibope

It's just to show it to tv for globocop

Records death, boat, robbery is pop

What is the hypocritical clowning that humiliates us poor

Failure of the government where, respect and your dying partner

Police kill mercilessly in the vigilante law

It would make a perfect movie, register your rights

It even gave award for feature film, slow suicide

That's why the system's proposal bothers

It bothers and the rap here wants the ideal without ox for fashion