Trágica Filosofia Esotérica - A286, Smith, J Ariais

Atravessei o deserto dos ossos

A caminhada aqui fala por si, pega

Sob inspirações de sangrentas paixões

Eis minha trágica filosofia esotérica

A exceção da regra sim

Sei o que sou, o que faço, o que fiz

Esqueço o que fez, nunca o que aprendi

É rap de raiz

Não ultrapassado, presente, insubstituível

Auto confiança, Inabalável, cair de pé é característico

Errático, fadado ao insucesso, consagrei minha autodisciplina

Religiosidade foi fé no progresso

E me fiz realidade sem expectativas

Isso é cria das ruas, da quebra, sem sorte da vida

Onde talento é persistência, força foi a crença das mil subestimas

Sem tempo pra chorar, juntei meus restos e fiz acontecer

No foco dos parasitas, vocês quer ir pro céu

Mas não querem morrer

Sem simpatia, contrariando os cu que desacredita plantado

Hoje vocês vão aprender a nunca mais

Confundir modéstia com ser otário

Hitmaker dos becos e barraco, mais respeito, menos emoção

É rap de verdade, sem prazo de validade nessa porra

Não é hit de verão

Sem medo da morte, congênito no berço da guerra

Movido pelas paixões, adaptado a tragédia

Entre Judas e putas, postura incorruptível

De sagrada conduta, destinado a morrer pelo que acredito

Progresso pro nossos, repúdio aos covardes

Favelado por natureza, rap de verdade

Mais que ninguém sei pelo que passei

Quando medo não era opção

Sob jugo da necessidade em silêncio

Entendendo que o tempo glorifica a ação

Sem apego a aplauso, dispenso liturgias artísticas

Ajude a si mesmo, então tudo há de te ajudar

Sem rastro numa viela, entro e saio de qualquer favela

Registra uma falha concreta e atire a primeira pedra

Lágrimas são capacitação, só o caos reproduz as estrelas

Distinguindo os que faz de verdade, dos que faz por bucet…

Autodidata nato, boicotado pelo Estado, competitivo

No mercado de obediência invendável (consagrado)

Amado, odiado, folgado, ousado

Meus manuscritos trágicos não são peças de teatro

Onde só entendem o que querem, verdades passarão batido

Meus versos compõe meu silêncio

Você não tem nível pra ser respondido

Preocupado com porra nenhuma

Fazendo o que ama pra morrer feliz

Vencer é nunca desistir

Jamais se mate antes do fim

Sem medo da morte, congênito no berço da guerra

Movido pelas paixões, adaptado a tragédia

Entre Judas e putas, postura incorruptível

De sagrada conduta, destinado a morrer pelo que acredito

Progresso pro nossos, repúdio aos covardes

Favelado por natureza, rap de verdade

I crossed the desert of bones

The walk here speaks for itself, take

Under inspirations of bloody passions

Behold my tragic esoteric philosophy

The exemption of the rule yes

I know what I am, what I do, what I did

I forget what you did, never what I learned

It's root rap

Not outdated, present, irreplaceable

Self-confidence, Unshakable, landing on one's feet is characteristic

Erratic, doomed to failure, I consecrated my self-discipline

Religiosity was faith in progress

And I made myself reality without expectations

This is spawn from the streets, from the break, out of luck life

Where talent is persistence, strength was the belief of a thousand underestimations

No time to cry, I gathered my remains and made it happen

In the focus of the parasites, you want to go to heaven

But don't want to die

No sympathy, contradicting the cuse that you discredit planted

Today you will learn to never again

Confuse modesty with being a sucker

Alleys and shacks hitmaker, more respect, less emotion

It's real rap, no expiration date on this shit

It's not a summer hit

No fear of death, congenital in the cradle of war

Driven by passions, adapted to tragedy

Between Judas and whores, incorruptible posture

Unholy conduct, destined to die for what I believe

Progress for ours, repudiation of cowards

Favelado by nature, real rap

More than anyone I know what I went through

When fear was not an option

Under the yoke of need in silence

Understanding that time glorifies action

Without attachment to applause, I dispense with artistic liturgies

Help yourself, so everything has to help you

Without a trace in an alley, I enter and leave any favela

Register a concrete fault and throw the first stone

Tears are empowerment, only chaos reproduces the stars

Distinguishing between the ones you do for real, from the ones you do for pussy...

Born self-taught, boycotted by the state, competitive

In the unsaleable obedience market (consecrated)

Loved, hated, slack, daring

My tragic manuscripts are not plays

Where they only understand what they want, truths will pass unnoticed

My verses make up my silence

You have no level to be answered

worried about shit

Doing what you love to die happy

Winning is never giving up

Never kill yourself before the end

No fear of death, congenital in the cradle of war

Driven by passions, adapted to tragedy

Between Judas and whores, incorruptible posture

Unholy conduct, destined to die for what I believe

Progress for ours, repudiation of cowards

Favelado by nature, real rap